17.12.14

Amigo Blogger Secreto



Neste mundo da blogosfera tudo pode acontecer! Coisas boas e coisas más! Eu pessoalmente fico-me pelas boas e atrevo-me mesmo a dizer, muito boas!

A Ana, A Cozinheira do Blog Da Nossa Cozinha, é uma coisa muito boa! (risos) Aqui entre nós as duas nao adianta reclamares, porque eu é que sei! 

Depois de ter visto o seu convite para um desafio, pûs de lado o tempo que não tenho, e resolvi juntar-me a tantos outros bloggers.








A falta de tempo é sem dúvida o pior aliado do meu blog. Não tenho tempo para preparar receitas e o que mais me chateia é não poder criar as fotografias que mentalmente imagino, mas ainda assim e depois de duas tentativas frustadas numa receita que tenho pendente, resolvi optar por algo que normalmente adoro fazer com os meus pequenos.


Quis o destino que o meu Amigo Blogger Secreto, fosse também uma Mamã como eu. Chama-se Rita e é a dona de um blog chamado Moms Cooking for Litle Ones. Assim que recebi o mail do desafio, fui visitar o meu Amigo Secreto e a bem da verdade é que fiquei surpreendida com o conceito do blog, e como não conhecia, fiquei deveras contente por me ter saído outra Mamã. 


A Rita tem o cuidado de partilhar as suas peripécias com os filhos, e ao mesmo tempo sugerir sempre receitinhas para agradar aos mais pequenos! Isso é coisa que eu raramente faço, porque aqui em casa as refeições são sempre tranquilas e come-se de quase tudo, sem ter que fazer malabarismos. E como tenho dois pequenos gourmets, o doce é o que nos encanta.

Apesar disso a Rita também tem receitas docinhas!!! Ora o doce nunca pode faltar né? E por isso, em vez de fazer algo complicado, optei por umas bolachas vitral, que se podem fazer com os mais pequenos e aproveitar para decorar a árvore.... Só não é se duram muito tempo lá penduradas!








Foi um prazer imenso poder fazer este post, respondendo ao apelo da Ana, e ao mesmo tempo tentando surpreender uma pessoa que não conhecemos e que supostamente não nos conhece. Seja porque estamos em época Natalícia ou não, é nas pequenas partilhas que se notam os grandes gestos!

E há melhor que bolachinhas??





Bolachinhas Vitrais
(receita retirada do livro Le Grand Livre Marabout de la Pâtisserie Facile - 600 receitas, pág. 318)







Ingredientes:
- 1 vagem de baunilha
- 250 gramas de manteiga amolecida
- 165 gramas de açúcar
- 1 ovo
- 1 colher de sopa de água
- 335 gramas de farinha
- 90 gramas de rebuçados coloridos






Execução:

Retirar as sementes da vagem de baunilha e juntar com a manteiga, o açúcar, o ovo e a água. Bater esta mistura com uma batedeira durante 2 - 3 minutos. Juntar a farinha por duas vezes.

Envolver bem até obter uma massa compacta. Cubrir com película aderente e guardar no frigorífico durante 30 minutos.

Pré aquecer o forno a 180ºC.

Forrar os tabuleiros com papel vegetal e reservar.

Reduzir a pedaços pequenos, com a ajuda do rolo da massa, os caramelos coloridos, separando-os por cores. Reservar.

Esticar a massa numa superfície enfarinhada, até obter uma esspessura de 4mm, e usar os cortadores preferidos, fazendo ao centro outro buraquinho para poder colocar os rebuçados.

Colocar as bolachinhas sobre o tabuleiro e levar ao forno, na parte média, durante 7 minutos. Retirar e preencher os buraquinhos com os rebuçados da cor escolhida, e voltar a levar ao forno para que terminem de cozer, durante cinco minutos.

Retirar do forno e deixar arrefecer sobre o tabuleiro.

Servir frias.







Se antes era uma correria durante as minhas horas de almoço, agora a maratona começa enquanto ajudo os pequenos com o pequeno almoço e eu me instalo no meu cantinho das fotografias. É óbvio que as pressas não ajudam, mas ainda assim, estas bolachinhas são um retrato vivo do que são. Pequenas estrelas cheias de brilho e que nos deixam a brilhar com a mistura de sabores!! Os pequenos ficarão encantados, porque aqui por casa a dúvida era escolher a cor!







E como dizem por aí, nem sempre vês as estrelas, mas sabes que estão sempre lá!

15.12.14

15ª Edição da Bundtmania - A Edição do Chocolate





E chegado mais um dia 15, aqui estou eu para anunciar a nova edição da Bundtmania. Em contrapartida do outro lado de lá, pelas altas terras da Escócia, está a Lia, com o Round Up da 14ª Edição, onde como sempre nos brinda com as maravilhas que nos chegaram.

Apesar de estarmos a entrar na época natalícia, esta edição não vai fazer alusão à dita. Como somos do contra e nunca se sabe o que se pode pedir, desta vez nao queremos Bundts natalícios, queremos sim que predomine o Dom Chocolate. Bem se fizerem para o Natal, também entrará no desfile como é óbvio, mas tem que ter o ingrediente que leva à loucura 7 de cada 10 mortais. Os três que dizem que não estão a mentir!!! (risos)

Desta feita e aproveitando a inspiração do livro Indulgent Cakes, deixe-me render a uma Babka de Chocolate e Canela. Chocolate a montes, misturado com a doçura da canela, foram o mote para esta escolha!


  

     




E como nesta vida há sempre muitas coincidências, a Lia também experimentou a mesma receita, mas num formato diferente! O que já me fez rir pela coincidência, e levou-nos a criar uma hastag #amenaealiasofazemcoisasboas!!! Por isso se a encontrarem no Instagram, não se admirem, é que nós temos destas coisas! 



Bundt Cake "Babka"de Chocolate e Canela
(receita retirada do livro Indulgent Cakes, pág. 41)





Ingredientes:

- 80 gramas de passas
- 80 ml de café + 2 colheres de sopa de rum ( não tinha licor de café)
- 180 ml de leite morno
- 14 gramas de fermento de padeiro liofilizado
- 110 gramas de açúcar
- 2 ovos ligeiramente batidos
- 1 gema de ovo
- 450 gramas de farinha de pão 
- 1 colher de chá de sal
- 150 gramas de manteiga temperatura ambiente em cubos
- 40 gramas de manteiga temperatura ambiente (extra)
- 200 gramas de chocolate partido finamente (70% de cacau)
- 125 ml de natas
- 35 gramas de nozes

Recheio:

- 70 gramas de nozes tostadas e picadas grosseiramente
- 75 gramas de açúcar mascavado escuro
- 2 colheres de chá de canela em pó
- 150 gramas de chocolate picado grosseiramente



Execução:

Numa taça colocar as passas e o café, reservar.

Misturar o leite, o fermento e uma colher de sopa de açúcarm numa tacinha pequena. Tapar com película aderente e deixar repousar durante dez minutos, até que se forme uma espuma à superfície. Juntar os ovos e a gema e misturar.

Numa taça grande juntar a farinha, o sal, o açúcar restante e o fermento preparado antes. Bater com a batedeira usando o gancho de amassar, começando com uma velocidade baixa e quando estiverem todos os ingredientes bem incorporados, aumentar a velocidade para o máximo e bater durante 5 minutos até obter uma massa suave e elástica.

Adicionar a manteiga aos poucos, amassando bem para que se incorpore bem na massa. 

Untar uma taça com um pouco de óleo e colocar a massa obtida para levedar, coberta com uma película aderente, durante uma hora ou até que duplique de volume. O local não deve ser muito quente sob o risco de que a manteiga se derreta.

Entretanto preparar o recheio misturando todos os ingredientes.

Pré aquecer o forno a 200ºC.

Retirar todo o ar da massa e esticar sobre um papel vegetal de 30x45, polvilhado com farinha, até obtermos uma espessura de 1 mm.


Escorrer as passas e reservar o liquído.


Distribuir pelo rectângulo de massa, os 40 gramas de manteiga extra. Polvilhar com o recheio e com duas colheres de sopa de café.

     


Enrolar com a ajuda do papel vegetal e cortar em 12 partes iguais, com uma faca ligeiramente untada com óleo. 


      

Untar e polvilhar com farinha a forma e colocar 7 dos rolos com o lado cortado para o exterior, colocando os restantes sobre os mesmos, com a parte corta para cima.






Cubrir a forma com película aderente e deixar repousar durante 45 minutos, num local morno e sem correntes de ar.

Levar ao forno durante 40 minutos ou até que a massa esteja cozida. Depois de cozido, retirar do forno e deixar repousar na forma 5 minutos. Desenformar e deixar arrefecer.

Para a ganache de chocolate, aquecer a nata no microondas juntamente com 2 colheres de sopa de café. Depois de bem quente, adicionar o chocolate e deixar que se derreta. Mexer bem até obter uma mistura homogénea e brilhante.

Servir o bundt morno, acompanhado da ganache de chocolate e polvilhado com nozes.






Pronto.... Não sei muito bem por onde começar... Continuo a ser uma perdida por massas de brioche, lêvedas ou como lhes queiram chamar! Sejam simples ou recheadas, mas desta vez, o limite da gulodice foi ultrapassado! Como se nõa bastasse o recheio da Babka, ainda acompanhar a dita, com esta ganache, é qualquer coisa de muito indulgente.





Não fica menos indulgente, se retirarmos a ganache. Mesmo uns dias depois, já sem ganache, uma fatiazinha ligeiramente aquecida, faz as maravilhas de qualquer pequeno almoço nestes dias de quase Inverno.

E como o chocolate me lembra sempre bolos altamente decadente e indulgentes, é isso que espero neste post até dia 14 de Janeiro de 2015, às 18:00. É verdade, o próximo Round Up, já só aparece no novo ano, mas eu espero que vocês não me privem dessas coisas até lá!!


Bora chocolatear??

11.12.14

Coisas pequeninas



Ultimamente olhar pela minha janela pelas manhãs é simplesmente deprimente.... Pronto lá venho eu queixar da neve...


A noite foi movimentada... O vento e a neve faziam das suas e pela manhã sair de casa, era uma aventura. Há dias que me pergunto porque raio decidi emigrar para este país e ainda assim ainda não encontrei uma resposta convincente.... E os anos passam a olhos vistos e os dias passam tão depressa que acabo por me habituar! Custa, mas para nao perder o pouco que tenho de sanidade mental, mais me vale buscar outras coisas em que pensar que não seja a cor branca predominante.


E quando penso, o que é muito usual, a coisa pode complicar-se.... Já andava há um tempo com uma ideia na cabeça para responder ao desafio da Lia, do Lemon and Vainilla, para esta 14ª Ediçao da Bundtmania e, quando me decidi o caos instalou-se entre as minhas neuronas e enquanto não fiz o que idealizei não descansei.


Ora sendo o tema desta Ediçao Frutas Outonais e Especiarias, tinha que ser algo de bonito, aromático, aconchegante, algo que me enchesse a alma, como faria uma lareira no dia de hoje.







Tanto andei, tanto andei, que de marmelos passei directamente a sabores citrícos. Aquilo que era para ser não foi, mas ainda estará por ser.... os marmelos ficam guardados e desta vez o desafio responde-se com uns mini bundts de polenta com laranja e toranja caramelizadas com cardamomo.

O nome da receita é enorme, mas assim é o efeito que provoca!


A receita foi retirada de uma que vi no meu livro The Indulgents Cakes, e na receita original está feita com ameixas. Apesar de que ainda encontro por aqui ameixas, não podia considerar uma fruta outonal e vai daí lembrei-me das clementinas caramelizadas e assim surgiram a laranja e a toranja caramelizada.




Mini Bundt Cakes de Polenta com Laranja, Toranja Caramelizada, e Cardamomo.









Ingredientes:
- 110 gramas de amêndoas torradas e moídas
- 100 gramas de coco ralado
- 125 gramas de polenta
- 1 colher de chá de fermento em pó
- 225 gramas de manteiga sem sal, amolecida e cortada em pedaços
- 220 gramas de açúcar
- 1 colher de sopa de raspa de limão
- 1/2 colher de chá de cardamomo moído
- 4 ovos
- 60 ml de limoncello
- açúcar em pó para polvilhar


Para o caramelo de citrícos:
- Ver a receita do Bolo de Amêndoa e Clementinas Caramelizadas, trocando as clementinas por por uma laranja e uma toranja, e substituindo o sumo das clementinas pelo sumo de uma laranja. Adicionar 4 sementes de cardamomo verde ao mesmo tempo do sumo.
Cortar a laranja e a toranja de maneira a eliminar toda a casca branca e cortar segmentos das mesmas.
Proceder como na receita indicada.


Execução:

Pré aquecer o forno a 170ºC. Untar as formas de mini bundts e reservar.

Juntar as amêndoas, o coco, a polenta e o fermento numa taça.

Bater a manteiga com o açúcar de modo a obter uma massa esponjosa e pálida. Juntar os ovos um a um, mexendo bem entre cada adição.

Juntar a mistura seca e envolver bem. Juntar o cardamomo e o limoncello.

Levar ao forno durante aproximadamente 40 minutos, ou até que o palito saia seco.

Retirar do forno e deixar arrefecer nas formas durante 10 minutos.

Desenformar e deixar arrefecer. 

Servir com o caramelo de laranja e uma colherada de crème frâiche.








Devemos colocar um pouco de caramelo a embeber no bolo antes de colocar a crème frâiche e depois as fatias de laranjas.

Desta maneira permitimos que o caramelo citrico e cheio de sabores, humedeça o pequeno bundt também tão cheios de sabores!

Quando vi a receita, fiquei encantada com os ingredientes da massa e como a curiosidade matou o gato, não descansei enquanto nao experimentei. Ainda assim, a versao original com ameixas, tem que ser experimentada! Ou sim, ou sim!










O mini bundt só deve ser decorado, se for de seguida servido, evitando assim, passar pelo frigorifico por causa da crème frâiche. Se por acaso tiver que ser guardado no frigorífico deve ser retirado momentos antes de servir, para evitar que os sabores fiquem escondidos.


Quase escondidos tive que os meter eu! E como são pequeninos, os miúdos não lhe resistem!


Eu também não lhes resisto, né?

7.12.14

Love Sweet Love


O Inverno começou de verdade.... 


No fim do mês de Novembro chovia torrencialmente, o que por aqui é coisa muito rara.... É um país que depende do turismo de inverno e disso dependem muitos postos de trabalho. O câmbio climático anda a fazer das suas pela minha Sibéria, mas da mesma maneira que choveu, assim começou a nevar e em só dois dias de neve, eu já estou farta! Pronto começa a temporada das queixas da Mamã!! (risos)









Mas hoje estou tão cansada que não me apetece queixar de nada, mas sim partilhar com vocês uma novidade. 

Então não é que recebi um email de uma empresa, a Love Sweet Love, para me propor uma parceria? Ohhhh!! Eu fiquei tão contente! Sei bem que não é nada do outro mundo, mas só o carinho que senti e a confiança que me fizeram sentir a mim mesma, já vale por todas as parcerias do mundo.


Afinal de contas, são as pequenas coisas que nos deixam felizes! E é o caso! Aconselho-vos vivamente a visitarem a página da Love Sweet Love e a seguirem de perto todas as novidades. Estamos na altura certa para partilharmos aquilo que mais gostamos e a apesar de eu não ser muito adepta de estas datas, admito que começo a entrar no espiríto. 









Quando vi um envelope na caixa de correio fiquei super contente e pensei logo na receita da Dorie, que foi colocada para esta quinzena no Dorie às Sextas. Como eu costumo dizer foi ouro sobre azul. Bolachinhas, caixinhas.... que mais se pode pedir como prenda? Bem eu pedir até pedia muita coisa, mas com uma caixinha assim não me resisto.









O bom destes post's da Dorie é que copio a receita que a Susaninha traduz e coloco aqui! E desta vez fiz tudo direitinho... Bem menos no molde de cortar as bolachas, que me decidi usar um floco de neve! Tenho que aproveitar que estou a entrar no espiríto né?

E depois desta receita, lembrem-me de pedir mais caixinhas da Love Sweet Love, e um rolo destes modernos que se pode regular a espessura que queremos.



Linzer Sablés 
(Receita do Livro Baking, Dorie Greenspan,pág. 134)







Ingredientes:

- 150 gramas de amêndoas ou avelãs ou nozes raladas (usei amêndoas)
- 187 gramas de farinha
- 1 1/2 colheres de chá de canela moída no momento
- 1/4 colher de chá de sal
- 1/4 colher de chá de cravinhos moídos no momento
- 1 ovo grande
- 2 colheres de sopa de água
- 115 gramas de manteiga
- 100 gramas de açúcar
- Compota de framboesa qb. (usei compota de cerejas).


Execução:

Misturar as amêndoas com a farinha, a canela, o sal e os cravinhos. Com um garfo, misturar numa tigela o ovo e a água. Numa batedeira de pé, bater bem a manteiga e o açúcar até ficarem suaves, cerca de 3 minutos, raspando a taça sempre que necessário. Juntar a mistura de ovo e água e bater por mais um minuto. Reduzir a velocidade e juntar os ingredientes secos, misturando os apenas ate desaparecerem na massa, que não deve ficar trabalhada em demasia. Se sobrarem na taça restos mais secos de massa, misturá-los a mão ou com uma espátula.

Dividir a massa em dois. Colocar cada pedaço entre duas folhas de pelicula aderente ou papel vegetal, pressionando com as mãos até ficar achatada. Estender com o rolo ate ficar com cerca de 3 mm de espessura, tendo o cuidado de ir descolando a pelicula para a massa não ficar colada. Repetir para a outra metade. Levar ao congelador durante 45 minutos, ainda com o papel e numa tábua de cortar.

Pré-aquecer o forno a 190ºC e forrar dois tabuleiros com papel vegetal. Retirar a massa do congelador. Remover o papel de metade da massa. Com um cortador redondo ou ondulado com 5 cm de diâmetro, cortar tantas bolachas quanto possível. Repetir o processo na outra metade e, para cada bolacha cortada desta metade, usar um cortador redondo ou ondulado de 2 cm de diâmetro para fazer um buraco no centro. Juntar os restos da massa, esticar novamente e levar ao congelador para depois cortar mais bolachas.

Colocar as metades nos tabuleiros e levar ao forno entre 11 e 13 minutos ou até estarem ligeiramente douradas e firmes ao toque. Deixar arrefecer. Quando todas as bolachas estiverem feitas, polvilhar com açúcar em pó as metades com os buracos e reservar. Barrar com 1 colher de chá de doce cada metade lisa. Unir as duas metades e servir.




A única coisa diferente, foi mesmo a forma de cortar as bolachinhas. Visto que estamos nesta altura festiva, achei por bem dar um ar natalício às bolachas. Ou seja, meti-me em trabalhos como costumo fazer sempre e dou-me conta, que decorar bolachas não é o meu forte.

Apesar disso os Ohhhh que bonitas!! aqui por casa, foram uma constante! O problema mesmo, é saber quando deixar de comer. Já tinha experimentado antes uma receita de Linzer, mas esta é sem dúvida uma bolachinha com presença obrigatória no livro de receitas. A canela e os cravinhos aportam um toque mágico, como pede a ocasião!








E agora façam lá vocês magia e coloquem-nas numa caixinha da Love Sweet Love, e ofereçam-nas nesta época, onde predominam as demonstrações de carinho, ou pelo menos devia ser assim.


Vai uma bolachinha?

24.11.14

Mais uma bolachinha!



Deixei ficar até para a última a publicação de ontem e hoje quando dou conta do dia a que estamos, lembro-me das bolachas da Manuela. Algum dia vai pensar que deixo ficar tudo para último de propósito, mas não.... Despiste é o meu nome do meio e quando dou conta, dá nisto!


Mas antes dar nisto, ou seja, duas publicações seguidas do que não fazer bolachinhas! oh oh... isso é que ia ser bonito! 


Desta vez o desafio mensal do #VamosFazerBolachas do Cravo e Canela - Uma Cozinha no Brasil, pedia bolachinhas salgadas.... Buff pensei eu.... Com o que eu gosto de coisas doces.... Pronto, pronto salgados também, mas não é a mesma coisa! Acho que foi a primeira vez que não tive logo uma ideia e por isso, arrumei o pensamento, mas ainda assim arrumado, hoje voltou a sair e num devaneio lá saíram umas bolachinhas salgadas..., mas com uma pontinha de doce no fim, que se fosse ao contrário não seriam minhas.


A primeira coisa que me veio à cabeça foram as Cream Crackers.... Quando vim para aqui não as encontrava, que tristeza.... E as saudades que eu tinha de as besuntar com queijo creme e doce....


Um dia destes emprestaram-me umas bíblias de cozinha da Salvat e quis o destino que me cruzasse com uma receita dessas bolachas... Fiquei com ela guardada e hoje, mesmo que não a tivesse usado na totalidade, serviu de base para estas bolachinhas.





























Tinha um pacote de farinha de centeio integral por abrir, umas sementes de girassol para usar.... E foi apenas o mote num ataque de me entreter... é muito mais relaxante que passar a ferro... (risos).

Surpreendeu-me o resultado final! Não sabia o que ia sair e fiquei super contente, tanto que quase não há para contar história! 



Cream Crackers de Centeio e Sementes de Girassol







Ingredientes:

- 100 gramas de farinha de centeio integral
- 100 gramas de farinha t55
- 1 pitada de sal
- 180 ml de natas ( pode ser um pouquinho mais dependendo da farinha que usem)
- 1 colher de sopa de azeita de boa qualidade
- Flor de sal para polvilhar (opcional)
- 30 gramas de sementes de girassol sem sal


Execução:

Pré-aquecer o forno a 180ºC.

Numa taça colocar as farinhas, o sal, as sementes de girassol, e misturar. Juntar as natas e misturar com uma colher de pau. Amassar com a mão para trabalhar um pouco a massa e se for necessário adicionar um pouco mais de natas, se a mistura estiver muito seca.

Deve obter-se uma massa fina e não pegajosa, com uma textura firme.

Numa superfície enfarinhada esticar a massa num rectângulo com espessura de 3mm, ou seja, até que as sementes de girassol se comecem a notar na massa.

Cortar em rectangulos, quadrados ou a forma que desejarem, tendo em conta que o tamanho deve ser parecido, para que evitar que umas cozam mais rápido que outras.





























Colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal e polvilhar cada bolachinha com uma pisca de flôr de sal.

Levar ao forno durante 10-15 minutos, dependendo do forno, ou até que estejam douradinhas.

Deixar arrefecer sobre uma grelha e servir. 








Deixo ficar uma bolachinha simples.... Só para não dizerem que não fiz salgadas, porque fiz! E apesar de as achar um cracker perfeito, e saudável, para ir tapando pequenos buracos a qualquer hora do dia, eu tive que por o lado doce.... Sim porque tinha a chávena de café à minha espera....








Não mudo uma só palavra sobre estas bolachinhas.... Ou melhor acrescento, altamente viciantes, com ou sem doce!!

Vamos, vamos que o café arrefece!

23.11.14

E passaram a ser Mini Pies....


Não gosto muito de fazer post's quando a noite já vai alta, mas desta vez teve que ser... A receita desta quinzena no Dorie às Sextas assim o exige e, já que tive o trabalho de a fazer e degustar, pois tem que estar neste blog, seja às horas que seja.


Os dias passam a uma velocidade alucinante e quando dou conta das coisas, já é tarde, muito tarde... E a essas horas tudo aquilo que pulula em mim, é tudo menos inspiração.... Que é o caso de hoje, mas ainda assim faz-se um esforço e partilho uma receita que achei maravilhosa, como muitas que já fiz da Dorie.


O bom destes post's é que não tenho que me preocupar muito com o escrever a receita, porque a Susana, faz esse trabalho estupendamente no grupo e eu, tu desculpa-me Susana, aproveito, colocando apenas as minhas alterações quando as faço.

Desta vez não mudei nadinha na receita, visto que tinha a massa diabólica, como carinhosamente lhe chamamos, mas que ao final de contas de diabólica não tem nada. É um dejá vú nesta cozinha e nas receitas da Dorie e isto não teria piada, sem o factor surpresa, né?

Aproveitei um dia de folga que não fui para a capital e os meninos lá foram todos contentes para a escola, e deixei-me perder pela minha cozinha.... Enquanto preparava uma outra receita, ocupava-me desta.... E há medida que ia fazendo já imaginava o resultado final!!

Sabem o que vos digo, que quanto mais imaginamos, mais imaginação temos, e isso em mim é muito perigoso!

A receita desta semana é uma Tarte de Abóbora com Caramelo, ou no original uma Caramel Pumpkin Pie. Chamou-me à atenção a mistura caramelo e abóbora quando li a receita e depois de a ler, já não descansei enquanto não a fiz. 

A única coisa que fiz diferente foi a forma da tarte.... em vez de fazer no tamanho original, fiz mini tartes de abóbora.... Eu gosto mesmo é de complicar!!! 

Todos os procedimentos da receita foram os mesmos excepto no que diz respeito ao tamanho. Cortei circulos de massa com um cortador de flores de 10 cm, e usei formas de queques pequenas, tendo em atenção os tempos de cozedura que foram reduzidos e que variam de forno para forno.







Assim sendo, faço um copy/paste da receita do grupo, deixando no final, as minhas Mini Caramel Pumpkin Pies.




Caramel Pumpkin Pie
(receita retirada do livro Baking, de Dorie Greenspan, pág.322)

Ingredientes:
- 1 base de tarte de 23 cm, parcialmente cozinhada e arrefecida, usando a receita de massa em baixo (Good for Almost Everything Pie Dough - ver ingredientes mais abaixo)
- 1 chávena de açúcar
- 180 ml de de natas
- 2 colheres de sopa de rum, conhaque ou cidra
- 30 gramas de manteiga sem sal, cortada em 4 pedaços
- 250 gramas de puré de abóbora
- 1 1/4 colheres de chá de canela
- 3/4 colheres de chá de gengibre em pó
- Uma pitada de noz moscada
- Uma pequena pitada de pimenta da jamaica
- Uma pitada de sal
- 1 1/2 colheres de chá de extracto de baunilha
- 2 ovos grandes

- Natas batidas, ligeiramente adoçadas, para servir





Execução:

Cozer e arrefecer a base da tarte conforme método em baixo. Centrar uma grade no forno e pré-aquecê-lo a 175ºC. Polvilhar o fundo de uma frigideira anti-aderente com meia chávena de açúcar, distribuido uniformemente, e levá-la a lume médio alto, deixando o açúcar começar a ganhar cor. Agitar ligeiramente a frigideira para que o açúcar ganhe cor uniformemente. Deixá-lo caramelizar sem mexer a frigideira até ganhar uma cor de âmbar profundo - quase de mogno. Vai começar a borbulhar e a fumegar mas é esse o objectivo: um caramelo escuro e forte, tendoporém cuidado para não deixar queimar. Quando as bolhas ficarem grandes, é provável que a cor perfeita tenha sido atingidas. Baixar o lume para médio, afastar-se e deitar as natas na frigideira. O açúcar vai borbulhar muito nesta fase e pode mesmo ficar com grumos, mas voltará ao normal se se mexer bem enquanto continua a cozinhar. Juntar o rum e a manteiga e continuar a cozinhar e a mexer até o caramelo ficar suave. Deitar numa taça e deixar arrefecer durante 15 minutos. 
Noutra taça e com um batedor de varas, mexer o puré de abóbora até ficar suave. Juntar o restante açúcar e bater bem. Adicionar as especiarias, o sal, a baunilha e os ovos e bater até a mistura ficar suave. Juntar o caramelo e envolver bem. Bater com a taça na bancada para tirar o excesso de ar da mistura e verter sobre a base de tarte já cozinhada. 
Levar ao forno entre 45 e 50 minutos ou até o recheio estar inchado e sólido. Se se inserir uma faca no centro, deve sair limpa.
Deixar arrefecer à temperatura ambiente e levar ao frigorífico se se preferir comer fria. Servir coberta com a nata batida.



Receita da Base da Tarte (Good for Almost Everything Pie Dough)
Ingredientes:
- 190 gramas de farinha
- 2 colheres de sopa de açúcar
- 3/4 colher de chá de sal
- 150g de manteiga sem sal, fria, cortada em cubos pequenos
- 2 1/2 colheres de sopa de gordura vegetal fria, cortada em 2 pedaços
- 1/4 chávena de água gelada


Execução:
Colocar a farinha, o açúcar e o sal num processador de alimentos com uma lâmina de metal e pulsar apenas para combinar os ingredientes. Adicionar a manteiga e a gordura; pulsar até que os pedaços estejam misturados com a farinha. Não mexer demais - nesta altura devemos ter pedaços irregulares do tamanho de ervilhas. Pulsar de forma intermitente, acrescentando, gradualmente, 3 colheres de sopa de água gelada para a massa. Continuar a adicionar a água, um pouco de cada vez, pulsando, até que a massa fique uniforme (é possível que se notem alguns pedaços maiores de manteiga).
Deitar a massa sobre uma superfície enfarinhada, ou entre dois discos de papel vegetal, para formar uma base do tamanho indicado; enrolar o disco em película aderente e levar ao frigorífico por 20 minutos.
Retirar a parte superior de papel ou filme e deitar sobre a forma para forrar. Remover o resto do papel ou película e, em seguida, premir suavemente a massa dentro da tarteira, para ficar sem bolsas de ar. Em seguida, pressionar os lados da massa para cima, contra os lados da forma. A massa vai plissando e pode até quebrar. Sem stress: basta pressionar para voltar a juntar. Levar ao frigorífico.
Para cozer a massa, levá-la ao forno pré-aquecido a 205ºC, coberta com papel alumínio untado de manteiga na parte brilhante e bem ajustado à massa. Por cima do papel, devem colocar-se feijões secos. Cozinhar durante 25 minutos. Retirar cuidadosamente o papel e os pesos e, se a massa tiver inchado, pressioná-ça lentamente com a parte redonda de uma colher. Levar novamente ao forno durante 8 minutos ou até a massa estar com uma cor ligeira.






Apesar que se considere a massa como diabólica, não têm porque se assustar! O resultado vale bem a pena o medo que nos possa transmitir e sabem de uma coisa? Vale bem a pena preparar esta massa, porque o conjunto é simplesmente perfeito!

E não querem saber? O caramelo e a abóbora fazem um par perfeito... O recheio é simplesmente delicioso e deixa-nos inebriados pelas especiarias....







O toquezinho da nata.... Bem esse é como a cereja no topo de um bolo... Eu usei crème frâiche normal e ainda assim, levou-me ali ao lado das estrelas.

A pequena gourmet cá de casa, corrobora comigo!! 

E a vocês, o que vos parece?