24.11.14

Mais uma bolachinha!



Deixei ficar até para a última a publicação de ontem e hoje quando dou conta do dia a que estamos, lembro-me das bolachas da Manuela. Algum dia vai pensar que deixo ficar tudo para último de propósito, mas não.... Despiste é o meu nome do meio e quando dou conta, dá nisto!


Mas antes dar nisto, ou seja, duas publicações seguidas do que não fazer bolachinhas! oh oh... isso é que ia ser bonito! 


Desta vez o desafio mensal do #VamosFazerBolachas do Cravo e Canela - Uma Cozinha no Brasil, pedia bolachinhas salgadas.... Buff pensei eu.... Com o que eu gosto de coisas doces.... Pronto, pronto salgados também, mas não é a mesma coisa! Acho que foi a primeira vez que não tive logo uma ideia e por isso, arrumei o pensamento, mas ainda assim arrumado, hoje voltou a sair e num devaneio lá saíram umas bolachinhas salgadas..., mas com uma pontinha de doce no fim, que se fosse ao contrário não seriam minhas.


A primeira coisa que me veio à cabeça foram as Cream Crackers.... Quando vim para aqui não as encontrava, que tristeza.... E as saudades que eu tinha de as besuntar com queijo creme e doce....


Um dia destes emprestaram-me umas bíblias de cozinha da Salvat e quis o destino que me cruzasse com uma receita dessas bolachas... Fiquei com ela guardada e hoje, mesmo que não a tivesse usado na totalidade, serviu de base para estas bolachinhas.





























Tinha um pacote de farinha de centeio integral por abrir, umas sementes de girassol para usar.... E foi apenas o mote num ataque de me entreter... é muito mais relaxante que passar a ferro... (risos).

Surpreendeu-me o resultado final! Não sabia o que ia sair e fiquei super contente, tanto que quase não há para contar história! 



Cream Crackers de Centeio e Sementes de Girassol







Ingredientes:

- 100 gramas de farinha de centeio integral
- 100 gramas de farinha t55
- 1 pitada de sal
- 180 ml de natas ( pode ser um pouquinho mais dependendo da farinha que usem)
- 1 colher de sopa de azeita de boa qualidade
- Flor de sal para polvilhar (opcional)
- 30 gramas de sementes de girassol sem sal


Execução:

Pré-aquecer o forno a 180ºC.

Numa taça colocar as farinhas, o sal, as sementes de girassol, e misturar. Juntar as natas e misturar com uma colher de pau. Amassar com a mão para trabalhar um pouco a massa e se for necessário adicionar um pouco mais de natas, se a mistura estiver muito seca.

Deve obter-se uma massa fina e não pegajosa, com uma textura firme.

Numa superfície enfarinhada esticar a massa num rectângulo com espessura de 3mm, ou seja, até que as sementes de girassol se comecem a notar na massa.

Cortar em rectangulos, quadrados ou a forma que desejarem, tendo em conta que o tamanho deve ser parecido, para que evitar que umas cozam mais rápido que outras.





























Colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal e polvilhar cada bolachinha com uma pisca de flôr de sal.

Levar ao forno durante 10-15 minutos, dependendo do forno, ou até que estejam douradinhas.

Deixar arrefecer sobre uma grelha e servir. 








Deixo ficar uma bolachinha simples.... Só para não dizerem que não fiz salgadas, porque fiz! E apesar de as achar um cracker perfeito, e saudável, para ir tapando pequenos buracos a qualquer hora do dia, eu tive que por o lado doce.... Sim porque tinha a chávena de café à minha espera....








Não mudo uma só palavra sobre estas bolachinhas.... Ou melhor acrescento, altamente viciantes, com ou sem doce!!

Vamos, vamos que o café arrefece!

23.11.14

E passaram a ser Mini Pies....


Não gosto muito de fazer post's quando a noite já vai alta, mas desta vez teve que ser... A receita desta quinzena no Dorie às Sextas assim o exige e, já que tive o trabalho de a fazer e degustar, pois tem que estar neste blog, seja às horas que seja.


Os dias passam a uma velocidade alucinante e quando dou conta das coisas, já é tarde, muito tarde... E a essas horas tudo aquilo que pulula em mim, é tudo menos inspiração.... Que é o caso de hoje, mas ainda assim faz-se um esforço e partilho uma receita que achei maravilhosa, como muitas que já fiz da Dorie.


O bom destes post's é que não tenho que me preocupar muito com o escrever a receita, porque a Susana, faz esse trabalho estupendamente no grupo e eu, tu desculpa-me Susana, aproveito, colocando apenas as minhas alterações quando as faço.

Desta vez não mudei nadinha na receita, visto que tinha a massa diabólica, como carinhosamente lhe chamamos, mas que ao final de contas de diabólica não tem nada. É um dejá vú nesta cozinha e nas receitas da Dorie e isto não teria piada, sem o factor surpresa, né?

Aproveitei um dia de folga que não fui para a capital e os meninos lá foram todos contentes para a escola, e deixei-me perder pela minha cozinha.... Enquanto preparava uma outra receita, ocupava-me desta.... E há medida que ia fazendo já imaginava o resultado final!!

Sabem o que vos digo, que quanto mais imaginamos, mais imaginação temos, e isso em mim é muito perigoso!

A receita desta semana é uma Tarte de Abóbora com Caramelo, ou no original uma Caramel Pumpkin Pie. Chamou-me à atenção a mistura caramelo e abóbora quando li a receita e depois de a ler, já não descansei enquanto não a fiz. 

A única coisa que fiz diferente foi a forma da tarte.... em vez de fazer no tamanho original, fiz mini tartes de abóbora.... Eu gosto mesmo é de complicar!!! 

Todos os procedimentos da receita foram os mesmos excepto no que diz respeito ao tamanho. Cortei circulos de massa com um cortador de flores de 10 cm, e usei formas de queques pequenas, tendo em atenção os tempos de cozedura que foram reduzidos e que variam de forno para forno.







Assim sendo, faço um copy/paste da receita do grupo, deixando no final, as minhas Mini Caramel Pumpkin Pies.




Caramel Pumpkin Pie
(receita retirada do livro Baking, de Dorie Greenspan, pág.322)

Ingredientes:
- 1 base de tarte de 23 cm, parcialmente cozinhada e arrefecida, usando a receita de massa em baixo (Good for Almost Everything Pie Dough - ver ingredientes mais abaixo)
- 1 chávena de açúcar
- 180 ml de de natas
- 2 colheres de sopa de rum, conhaque ou cidra
- 30 gramas de manteiga sem sal, cortada em 4 pedaços
- 250 gramas de puré de abóbora
- 1 1/4 colheres de chá de canela
- 3/4 colheres de chá de gengibre em pó
- Uma pitada de noz moscada
- Uma pequena pitada de pimenta da jamaica
- Uma pitada de sal
- 1 1/2 colheres de chá de extracto de baunilha
- 2 ovos grandes

- Natas batidas, ligeiramente adoçadas, para servir





Execução:

Cozer e arrefecer a base da tarte conforme método em baixo. Centrar uma grade no forno e pré-aquecê-lo a 175ºC. Polvilhar o fundo de uma frigideira anti-aderente com meia chávena de açúcar, distribuido uniformemente, e levá-la a lume médio alto, deixando o açúcar começar a ganhar cor. Agitar ligeiramente a frigideira para que o açúcar ganhe cor uniformemente. Deixá-lo caramelizar sem mexer a frigideira até ganhar uma cor de âmbar profundo - quase de mogno. Vai começar a borbulhar e a fumegar mas é esse o objectivo: um caramelo escuro e forte, tendoporém cuidado para não deixar queimar. Quando as bolhas ficarem grandes, é provável que a cor perfeita tenha sido atingidas. Baixar o lume para médio, afastar-se e deitar as natas na frigideira. O açúcar vai borbulhar muito nesta fase e pode mesmo ficar com grumos, mas voltará ao normal se se mexer bem enquanto continua a cozinhar. Juntar o rum e a manteiga e continuar a cozinhar e a mexer até o caramelo ficar suave. Deitar numa taça e deixar arrefecer durante 15 minutos. 
Noutra taça e com um batedor de varas, mexer o puré de abóbora até ficar suave. Juntar o restante açúcar e bater bem. Adicionar as especiarias, o sal, a baunilha e os ovos e bater até a mistura ficar suave. Juntar o caramelo e envolver bem. Bater com a taça na bancada para tirar o excesso de ar da mistura e verter sobre a base de tarte já cozinhada. 
Levar ao forno entre 45 e 50 minutos ou até o recheio estar inchado e sólido. Se se inserir uma faca no centro, deve sair limpa.
Deixar arrefecer à temperatura ambiente e levar ao frigorífico se se preferir comer fria. Servir coberta com a nata batida.



Receita da Base da Tarte (Good for Almost Everything Pie Dough)
Ingredientes:
- 190 gramas de farinha
- 2 colheres de sopa de açúcar
- 3/4 colher de chá de sal
- 150g de manteiga sem sal, fria, cortada em cubos pequenos
- 2 1/2 colheres de sopa de gordura vegetal fria, cortada em 2 pedaços
- 1/4 chávena de água gelada


Execução:
Colocar a farinha, o açúcar e o sal num processador de alimentos com uma lâmina de metal e pulsar apenas para combinar os ingredientes. Adicionar a manteiga e a gordura; pulsar até que os pedaços estejam misturados com a farinha. Não mexer demais - nesta altura devemos ter pedaços irregulares do tamanho de ervilhas. Pulsar de forma intermitente, acrescentando, gradualmente, 3 colheres de sopa de água gelada para a massa. Continuar a adicionar a água, um pouco de cada vez, pulsando, até que a massa fique uniforme (é possível que se notem alguns pedaços maiores de manteiga).
Deitar a massa sobre uma superfície enfarinhada, ou entre dois discos de papel vegetal, para formar uma base do tamanho indicado; enrolar o disco em película aderente e levar ao frigorífico por 20 minutos.
Retirar a parte superior de papel ou filme e deitar sobre a forma para forrar. Remover o resto do papel ou película e, em seguida, premir suavemente a massa dentro da tarteira, para ficar sem bolsas de ar. Em seguida, pressionar os lados da massa para cima, contra os lados da forma. A massa vai plissando e pode até quebrar. Sem stress: basta pressionar para voltar a juntar. Levar ao frigorífico.
Para cozer a massa, levá-la ao forno pré-aquecido a 205ºC, coberta com papel alumínio untado de manteiga na parte brilhante e bem ajustado à massa. Por cima do papel, devem colocar-se feijões secos. Cozinhar durante 25 minutos. Retirar cuidadosamente o papel e os pesos e, se a massa tiver inchado, pressioná-ça lentamente com a parte redonda de uma colher. Levar novamente ao forno durante 8 minutos ou até a massa estar com uma cor ligeira.






Apesar que se considere a massa como diabólica, não têm porque se assustar! O resultado vale bem a pena o medo que nos possa transmitir e sabem de uma coisa? Vale bem a pena preparar esta massa, porque o conjunto é simplesmente perfeito!

E não querem saber? O caramelo e a abóbora fazem um par perfeito... O recheio é simplesmente delicioso e deixa-nos inebriados pelas especiarias....







O toquezinho da nata.... Bem esse é como a cereja no topo de um bolo... Eu usei crème frâiche normal e ainda assim, levou-me ali ao lado das estrelas.

A pequena gourmet cá de casa, corrobora comigo!! 

E a vocês, o que vos parece?

15.11.14

13º Round Up da BundtMania - Rolls with a Twist


Depois do post anterior, não posso começar este, sem deixar de agradecer todo o carinho que chegou até mim por estes 2 anos de Blog.

E o dia não pode ser melhor, é dia de Round Up de mais uma edição e que justamente coincide com o Nacional Day do Bundt! Ele há dias para tudo e alguns até acho que sem necessidade, mas este é de todo necessário! Não acham? (risos)

Agora tornando a conversa mais séria, quero agradecer a todas, sim porque só há meninas, por se terem juntado a nós em mais um edição, e terem dado um Twist a cada receita!!

O tempo por aqui não abunda e vejo-me limitada a poder comentar, mas não se aflijam, eu preciso de tempo para vos poder ler, porque ver eu já vi e fiquei maravilhada!!!

E depois disto, estou aqui a pensar que em próximas edições, terão que enviar a respectiva fatia, para mim e para a Lia!! (risos)

Já sabem que no Lemon and Vainilla, está a nova edição! O que será?

Continuando....

Deixo-vos com aquele que é o desfile de Bundt Rolls com mais Twist da blogosfera!!




Do blog Lemon and Vainilla, da outra Madame Bundette, a Lia, chega este maravilhoso Bundt Cake Rolls de Limão com Icing de Limão e Queijo Creme, que apesar de não ter sido feito numa forma normal, a que ela usou é a mais recente novidade da colecção Bundt Cake, da Nordic Ware.

Coisa mais linda!








Do blog Ideia Genial, chega este Bundt Apple Roll.








Do blog O Barriguinhas, chega este Bundt Rolls - Curd de Laranja, Amêndoa e Canela.







Do blog Senhora Dona Anica, chega um Coconut Rolls Bundt que serviu para comemorar o nascimento de uma pequerrucha!






Do blog Prazer a Cozinhar, chega um Bundt de Rolinhos de Centeio e Mel.









Do blog Receitas e Truques da Clarinha, chega este Bundt Recheado com Doce de Castanhas.







Do blog Basta Cheio, chega este Rolls Bundt de Deus.







Do blog That Cake Sweet, chega um Bundt Rolinhos de Maçã e Canela.








Do blog Dona Biscoito, chega um Bundtroll de mel com Recheio de Macarrons.






Do blog Doce de Fim de Semana, chega um Bundt Cake Rolls e Canela com Recheio de Maçã.







E para terminar esta edição que teve um Twist alucinante, um Bundt Rolls de Nutella e Avelã, com Caramelo de Rum, feito aquilo pela Mamã mais gulosa da Sibéria!! (risos)





Agora expliquem-me como depois de um desfile destes, ainda se resistem? 

Não se resistam e espreitem o novo tema! Esperamos por vocês!!

Bons Bundts!!

13.11.14

2 Anos e um Bundt!


Psstttt!!! Sim, sim.... Vocês que estão aí e que estiveram comigo durante este último ano que passou, ou comigo desde que este blog começou....


Mas tragam o chá porque hoje não tive tempo para mais! Sentem-se aqui ao pé de mim, porque isto hoje vai ser largo! Entretanto podem ir lanchando comigo! (risos)








O ano passado neste mesmo dia, começava com a Lia, a BundtMania. E desta feita para não fazer a desfeita, este bloganiversário tinha que ser comemorado com um Bundt. Neste caso muito especial um Bundt Rolls de Nutella e Avelãs, com Caramelo de Rum, para assim entrar na 13ª Edição da BundtMania.


Tenho muitos defeitos, o mau feitio já mundialmente conhecido, e falar demasiado! Da mesma maneira que o penso, assim o digo! Ás vezes corre bem e às vezes nem por isso, mas serei toda a vida uma tagarela com muito mau feitio, que de vez em quando se perde pela cozinha e se deixa devanear! 


Foi por estas e por outras que surgiu este blog! Por um repente que tive, por causa do Dorie às Sextas e porque a mim me apeteceu, sem nunca imaginar aquilo que poderia acontecer.

Acontecer? Pois então aconteceram muitas coisas! Deixei de ter medo a fazer caramelo, fiz bundts sem parar, chorei baba e ranho, ri-me como uma perdida, e a cada post partilhei um pouco de mim, do que é estar fora de casa, aqui é favor ler longe da minha cidade linda, partilhei um pouquinho das minhas vivências como Mãe solteira, enfim.... Um bocadinho de mim!

Com tudo isto só posso agradecer ao bendito repente que tive, a tudo aquilo que eu aprendi e continuo a aprender, e sobretudo a todas aquelas pessoas, que me ajudaram a ser um bocadinho melhor!


E como dizia um dia destes a um amigo, o bom de encontrares pessoas boas na tua vida, é que te transformas numa pessoa melhor!


Não vale a pena pensar muito no que passou.... Depois de muitos post's, mas mesmo muitos, alguns mais felizes que outros, no dia de hoje só posso agradecer a todos a vossa presença neste cantinho, os comentários que deixam, e sobretudo todo o carinho!!!

Agora deixo-me de lamechiches, porque se continuo não há lanche para ninguém!











Bundt Rolls de Nutella e Avelã com Caramelo de Rum

Ingredientes:

Para a massa:
- 65 gramas de açúcar
- 150 gramas de farinha T55
- 250 gramas de farinha T45
- 100 ml de leite
- 100 gramas de manteiga derretida fria
- 5,5 gramas de fermento de padeiro desidratado
- 2 colheres de sopa de custard
- 2 ovos + 1 gema
- 1 colher de chá de extracto de baunilha

Para o recheio:
- 200 gramas de Nutella
- 150 gramas de avelãs tostadas e moídas grosseiramente


Execução:

Colocar o leite numa taça e juntar uma colher de açúcar e o fermento. Mexer e deixar repousar durante 10 minutos, para activar o fermento.

Numa taça colocar o açúcar, os ovos e a gema, e bater de maneira a formar um creme homogéneo. Juntar a manteiga e o leite com o fermento. Mexer e adicionar a farinha. Amassar a massa até que se despegue da taça e se for necessário, adicionar um pouco mais de farinha. 

Polvilhar uma superficie com farinha e amassar a massa até que esteja brilhante e elástica.

Colocar numa taça untada com óleo e tapar com película aderente. Deixar levedar até que duplique o volume num local ao abrigo de correntes de ar (Eu ponho no microondas).

Depois de levedar, retirar e amassar de maneira a que perda todas as bolhas de ar. Guardar no frigorifico, durante um par de horas, ou toda a noite. A massa sofre uma segunda fermentação muito mais lenta, o que contribui para aumentar o seu sabor.

Retirar a massa do frigorifico e esticar sobre uma superficie enfarinhada. Formar um rectangulo de 40 x 50 aproximadamente e repartir o recheio de nutella com as avelãs.

Enrolar pelo lado maior e cortar 14 partes de mais ou menos 3-4 cm.

Colocar na forma de bundt devidamente untada e polvilhada. Deixar repousar como mínimo 1 hora ou até duplicar de volume.









Levar ao forno pré aquecido a 200 ºC, durante aproximadamente 30 minutos. Deixar repousar 10 minutos e desenformar. Servir morno.







Quanto ao caramelo de rum, foi um devaneio.... estava em cima da mesa para outra receita e num repente, achei que ficava bem... polvilhei com um pouco de praliné e o resultado.... Está à vista! Mas a receita dele deixo-a num proximo post, sim?


Ao contrário da maioria de Bundts, que se devem deixar arrefecer completamente, este deve ser provado morno.... Provem, provem....









Às vezes dou por mim a pensar, se não estaria melhor a arrumar a casa! Ou até mesmo, sentadinha no sofá a ler um livro.... Mas depois penso, o que faria com esta minha mente irrequieta que quando sonha com alguma coisa, ou mesmo só de a imaginar, já não descansa enquanto a transforma em realidade.

Ao menos nestas coisas as possibilidades são muito maiores de vê-las concretizadas, enquanto outras ficam aí, no plano da imaginação.....








Agora sejam imaginativos e imagem o sabor deste Bundt!! Ainda têm até amanhã para fazerem um e juntarem a esta edição!

Eu deixei quase para último, mas porque tinha um bom motivo!

E como diz a minha filha, um termo novo cá por casa, sou uma "deslobediente"!!

11.11.14

Os inventos!









Ultimamente não tem sido fácil sentar-me no computador para escrever o que seja... Tinha esta receita pendente há uns quantos dias e aproveito o descanso dos guerreiros cá de casa, que nos dias de piscina chegam rebentados e assim que se sentam no sofá aterram que nem passarinhos....

Olho para eles e penso: Não tenham pressa de crescer, porque há coisas que não têm volta atrás!


E pronto.... O tempo não anda mesmo para trás e este post com esta receita tinha que sair hoje, porque sim! Dentro de dias tenho que fazer, por motivos muito especiais, e como tal, não se podiam juntar.....


A paisagem pela Sibéria já mudou.... Os picos das montanhas já estão branquinhos e o frio está de volta.... E que frio... É nestas alturas que olho pró calendário e me lembro, que neste bendito sitío o Inverno começa quando ele quer e não quando tem que ser....


E se os dias de Outono/Inverno pedem forno ligado, esta receita de hoje é sem dúvida um motivo muito bom para o fazer.... Andava com uma ideia na cabeça desde que vi o desafio do Cocineros del Mundo, caso para dizer que estava com a cabeça como uma abóbora! E assim foi.... Com a cabeça como uma abóbora e um pão na cabeça, saiu uma coroa de brioche de abóbora, recheada com amêndoa!




Coroa de Brioche de Abóbora com Recheio de Amêndoa









Ingredientes:

Para o brioche:
- 800 a 900 gramas de farinha de pão**
- 400 gramas de puré de abobora*
- 100 gramas de açúcar amarelo
- 2 ovos
- 80 gramas de manteiga
- 100 ml de leite
- 11 gramas de fermento de padeiro (desidratado)
- 1 colher de chá de sal
- 1 colher de chá de canela
- Raspa de uma laranja


* Para fazer o puré de abóbora, colocar a abóbora num recipiente que possa ir ao forno, com um pau de canela e uma casca de laranja. Cobrir com papel de alumínio e deixar durante 30 minutos a 200 ºC. Retirar e deixar arrefecer. Passar a abóbora por um passador de rede fina.


** A quantidade de farinha pode ser variável consoante o tipo de farinha que se use. Usei uma farinha com alto teor de proteína, mas esta receita pode ser executada perfeitamente, com uma T55 ou uma T65, ou até mesmo uma mistura das duas farinhas.


Para o recheio:
- 200 gramas de amêndoa moída com casca
- 200 gramas de amêndoa moída sem casca
- 100 gramas de açucar mascavado escuro
- 2 colher de café de canela


Execução:

Misturar o fermento com o leite morno e deixar repousar durante 10 minutos, para que desta maneira esteja activo.

Numa taça colocar o puré de abóbora, juntar os ovos, o açúcar, a raspa de laranja, a manteiga derretida e bater ligeiramente. Juntar a canela, o sal, e sem mexer, colocar a farinha no centro, seguida do fermento já activado com o leite do lado oposto ao do sal. Mexer com uma colher de pau ou com a batedeira até que a massa comece a despegar da taça.

Sobre uma superfície ligeiramente enfarinhada colocar a massa e amassar, até que se torne lisa e elástica. Colocar numa taça untada com óleo e cobrir com película aderente, deixando repousar até que duplique de volume.

Depois de levedar amassar a massa novamente de maneira a retirar todo o ar existente. Voltar a colocar na taça e cobrir, guardando toda a noite no frigorífico.


Para o recheio misturar a amêndoa com o açucar, a canela e juntar a manteiga derretida, mas fria. Mexer bem de maneira a obter uma massa homogénea. Reservar.


Sobre uma superficie enfarinhada colocar a massa e dividir em duas partes. Esticar cada uma delas num rectangulo de 40 x 50 e dividir o recheio pelas duas partes.

Enrolar pela parte maior e cortar ao meio o rolo. Entrelaçar as duas pontas formadas entre elas e enrolar de maneira a formar uma coroa.

Pincelar com um poco de ovo e polvilhar com açucar em pérola. Deixar repousar meia hora e levar ao forno a 200 ºC, durante 20-25 minutos, até que esteja dourado.

Retirar do forno e pincelar com doce de alperce para dar brilho. Servir morno ou frio.







Isto é o que dá não seguir nenhuma receita. Quando vi a massa quando a tirei do frigorifico fiquei super admirada, porque tinha crescido imenso. A única solução era mesmo fazer duas coroas. E para as adoçar ainda mais, colocar uma glace de canela!! Não precisa, mas eu achei que ficava giro.


Só vos posso dizer que o cheirinho que havia por casa nesse dia, era completamente inebriante.... Claro está para quem gosta da mistura canela/laranja, e neste caso a abóbora. E com estes sabores trago recordações do doce de abóbora que fazia em Portugal.....








Deixando-me de recordações e porque hoje não estou muito basta de palavras, é daqueles brioches que surpreendem. Super hiper mega fofo, o recheio contrasta na perfeição e os sabores são simplesmente perfeitos....

E como diz a minha filha, isto é que dá inventar!!!